VERDES E OUVIRDES - Salão do Movimento

O solo de dança VERDES E OUVIRDES é um diálogo entre dança e fotografia livremente inspirado na obra “Ideias para adiar o fim do mundo” de Ailton Krenak. VERDES E OUVIRDES quer ser uma dança para adiar o fim do mundo, uma última história para deter a queda do céu.

O trabalho revela um corpo transitando por densidades reais e oníricas, um corpo entre árvores e concreto, banhado em chuva e lama. Um corpo contemporâneo que quer se reconciliar com a natureza, tentando parar o céu antes de sua queda final.

O espetáculo apresenta um ambiente imagético e sonoro que se apoia em imagens projetadas em cena com uma trilha sonora eclética, buscando uma dramaturgia do essencial, com sutileza, rigor, inventividade e precisão. O espetáculo aborda a natureza humana em sinergia com a natureza planetária.

O solo VERDES E OUVIRDES propõe uma abordagem multimídia que apresenta imagens fotográficas em movimento projetadas na tela e no corpo revelando a interface entre dança e audiovisual. Este solo de dança evidencia a natureza humana indissociável da natureza ambiental, amplificando a relação entre o interno humano e o entorno urbano. Vendo e ouvindo, podemos agir, como uma re-existência política do corpo.

Este trabalho apresenta a arte como defensora da vida e busca entender como a luta ambiental pode aparecer poeticamente através da dança, utilizando-se da inventividade para poder criar possibilidades de diálogos, de trocas e de ações éticas, estéticas, poéticas e políticas, de maneira crítica e criativa.